“Conectando-nos a Lishmá ” - 2

“Conectando-nos a Lishmá ” - 2

 Lishmá a Partir da Fé nos Sábios

1. RABASH, Artigo nº 4 (1989), “O que é uma Inundação de Água no Trabalho?”

Há a questão de estar acima da razão. Isso é considerado como querer andar com os olhos fechados, o que significa que, embora a razão e os sentidos não entendam o que nossos sábios nos dizem, eles assumem a fé nos sábios e dizem que devemos assumir a fé nos sábios, como está escrito: “E eles acreditaram no Senhor e em Seu servo, Moisés”. Sem fé, nada pode ser alcançado na espiritualidade.

2. Zohar para Todos, Shemot [Êxodo], “E Surgiu um Novo Rei”, Item 84

Se não fossem os sábios, as pessoas não saberiam o que é a Torá e o que são as Mitzvot [mandamentos] do Criador, e não haveria diferença entre o espírito do homem e o espírito de um animal.

3. Maor VaShemesh, Parashat Shoftim [Juízes]

Os graus da Torá Lishmá são inúmeros, e um deles é que, ao se levantar à meia-noite, deve-se observar a leitura de "Aquela que habita nos jardins, amigos estão ouvindo sua voz; deixe-me ouvi-la”, o que significa conectar-se com a alma dos justos no Jardim do Éden e unir-se a eles para ser refinado no prazer de se envolver na Torá, e vincular sua Néfesh, Rúach e Neshamá com a interioridade das letras da Torá e conectá-las a Ein Sof, para unir o Criador e Sua Shechiná. Isso também não pode ser alcançado antes que ele adira aos justos da geração e bata à porta deles todos os dias. Aquele que se suja com o pó dos pés deles sinceramente e espera pela luz na luz da Torá, então tudo o que ele não alcançou neste mundo baixo, ele alcançará no final, no Jardim do Éden. Esse é o propósito do prazer do próximo mundo: alcançar as luzes superiores e desfrutar do brilho da Shechiná.

4. RABASH, Artigo 1 (1990), “O que Significa ‘Que Sejamos a Cabeça e Não a Cauda’ no Trabalho?

O homem recebeu a razão e o intelecto para entender tudo de acordo com o intelecto, e aqui nos é dito para caminharmos aceitando a fé nos sábios, e uma pessoa quer entender esse caminho, e desde que seja colocada sob o governo do desejo de receber para si mesma, ela não pode saber o que é bom e o que é ruim, Mas quando não criticamos as palavras dos sábios e não queremos aceitar suas palavras dentro da razão, especificamente por isso somos recompensados com o conhecimento [razão] da Kedushá [santidade].

Isso ocorre porque toda a razão pela qual precisamos ir acima da razão é o fato de estarmos imersos no amor-próprio. Portanto, por meio da fé acima da razão, somos recompensados com vasos de doação.

5. Baal HaSulam, Shamati, Artigo nº 40, “Qual é a Medida da Fé no Rav?”

A pessoa deve confiar na opinião de seu Rav e acreditar no que ele lhe diz. Isso significa que a pessoa deve fazer o que seu Rav lhe disse para fazer.

E embora ela veja muitos argumentos e muitos ensinamentos que não condizem com a opinião de seu Rav, ela deve, no entanto, confiar na opinião de seu Rav.

6. Baal HaSulam, Artigo nº 105, “Um Discípulo Sábio Bastardo Precede um Sumo Sacerdote Comum”

Ao aderir a discípulos sábios, é possível receber algum apoio.

Em outras palavras, somente um discípulo sábio pode ajudá-lo, e nada mais. Mesmo que ele seja excelente na Torá, ainda será chamado de “ comum”, se não tiver sido recompensado com o aprendizado da boca do Criador.

Portanto, a pessoa deve se render diante de um discípulo sábio e aceitar o que o discípulo sábio lhe impõe sem nenhum argumento, mas por meio da razão.

7. Baal HaSulam, Shamati, Artigo nº 187, “Escolhendo o Trabalho”

Uma provação significa que uma pessoa não pode decidir de nenhuma maneira, quando não pode determinar a vontade do Criador e a vontade de seu professor. Embora a pessoa possa trabalhar com dedicação, ela é incapaz de determinar se esse trabalho dedicado é apropriado ou não, que esse trabalho árduo seria contra a visão de seu professor e a visão do Criador.

Para determinar, a pessoa escolhe aquilo que acrescenta trabalho. Isso significa que a pessoa deve agir de acordo com seu professor. Somente o trabalho é para o homem fazer, e nada mais. Portanto, não há lugar para dúvidas em suas ações, pensamentos e palavras. Em vez disso, ele deve sempre aumentar o trabalho.

8. Rabi Elimelech de Lizhensk, Noam Elimelech [O Prazer de Elimelech]

O justo, por sua retidão, instala seus bons desejos e pensamentos nos outros, para que eles também tenham o bom desejo de aderir ao Criador de todo o coração. Ao instalar o desejo nos outros, isso já é considerado um ato, uma vez que um ato nos outros foi feito a partir do desejo que ele tem. Esse é o significado do versículo: ‘Tu abres a Tua mão e satisfazes todos os seres vivos com desejo’, pois o justo estende a abundância aos mundos e a todas as pessoas. E como ele faz isso? Instilando seu desejo nos outros. Isso significa que todos se tornaram justos por meio dele. Com isso, ele pode estender sobre eles grande abundância, pois o justo é aquele que aparentemente abre os braços para o Criador a fim de doar ao mundo. E com o que ele se abre? O versículo interpreta: “e satisfaz todo ser vivo com desejo”, satisfazendo a todos com o desejo de amar o Criador.